Voltando ao futebol do artigo anterior, para servir de mais uma metáfora à nossa sociedade.
Os clubes, aliás como o generalidade das empresas, em Portugal enfrentam uma realidade de quererem ser "bonzinhos" cá dentro ou arriscarem competir lá fora.
No futebol, temos até alguns bons exemplos, que infelizmente nem são muito comuns noutros sectores. Podemos dizer que o futebol vive num regime de excepção financeiro e social quase irreplicável por qualquer outra actividade. Verdade, mas por mérito próprio diga-se.
As academias multiplicam-se e exportamos frequentemente talento e sucesso. Estamos no inicio do percurso para o sucesso financeiro e fundamentalmente "motivados" pela incapacidade da banca continuar a financiar este negócio como fazia.
Bom, mas nem tudo são rosas, como no milagre. Quem não se adapta a esta realidade reclama por uma forma artificial de nivelar (por baixo, seria impossível de outra forma) a nossa competição, já de si mesma pequena.
Falamos muito na realidade norte americana, onde já não se confunde desporto com espectáculo e onde as grandes detentoras dos direitos das competições têm um poder total sobre clubes e profissionais. Lá, privilegia-se o consumidor, mesmo que à custa das verdades e dos talentos. E ainda assim, em nenhum lado do mundo, os talentos individuais são tão idolatrados ou bem pagos. Tudo é "showbiz" e como se diz por lá "the show must go on".
Na Europa ainda hesitamos timidamente em privilegiar o espectáculo, os clubes ainda têm o poder, as federações e ligas andam a reboque desses interesses. Os clubes não olham para a industria como um todo e estão preocupados em ganhar mais competições e receita mesmo que isso comprometa o resto, achando que o futebol é o futebol, e que mesmo mal tratado continua sempre a ser o futebol.
Em Portugal, apesar dos sucessos que mencionei, ainda estamos mais longe de ter uma organização capaz de elevar os interesses desta industria acima do sucesso pontual nas competições do que a generalidade dos países europeus de topo
E agora entro no tema fundamental deste artigo. Qual o caminho para o futebol? Temos o exemplo de Bélgica e Holanda, grandes potências históricas de futebol, escolas de grandes talentos, campeonatos equilibrados e pouco ou nenhum sucesso nas competições. Temos por contraponto a Espanha, que investiu seriamente em desporto e é já uma das maiores potências desportivas do mundo, quanto ao futebol, não tem um campeonato competitivo, mas tem estádios cheios e as três primeiras equipas do ranking europeu.. dá que pensar.
E aqui? Será que queremos ter o campeonato do Portugal dos pequeninos?
Os clubes, aliás como o generalidade das empresas, em Portugal enfrentam uma realidade de quererem ser "bonzinhos" cá dentro ou arriscarem competir lá fora.
No futebol, temos até alguns bons exemplos, que infelizmente nem são muito comuns noutros sectores. Podemos dizer que o futebol vive num regime de excepção financeiro e social quase irreplicável por qualquer outra actividade. Verdade, mas por mérito próprio diga-se.
As academias multiplicam-se e exportamos frequentemente talento e sucesso. Estamos no inicio do percurso para o sucesso financeiro e fundamentalmente "motivados" pela incapacidade da banca continuar a financiar este negócio como fazia.
Bom, mas nem tudo são rosas, como no milagre. Quem não se adapta a esta realidade reclama por uma forma artificial de nivelar (por baixo, seria impossível de outra forma) a nossa competição, já de si mesma pequena.
Falamos muito na realidade norte americana, onde já não se confunde desporto com espectáculo e onde as grandes detentoras dos direitos das competições têm um poder total sobre clubes e profissionais. Lá, privilegia-se o consumidor, mesmo que à custa das verdades e dos talentos. E ainda assim, em nenhum lado do mundo, os talentos individuais são tão idolatrados ou bem pagos. Tudo é "showbiz" e como se diz por lá "the show must go on".
Na Europa ainda hesitamos timidamente em privilegiar o espectáculo, os clubes ainda têm o poder, as federações e ligas andam a reboque desses interesses. Os clubes não olham para a industria como um todo e estão preocupados em ganhar mais competições e receita mesmo que isso comprometa o resto, achando que o futebol é o futebol, e que mesmo mal tratado continua sempre a ser o futebol.
Em Portugal, apesar dos sucessos que mencionei, ainda estamos mais longe de ter uma organização capaz de elevar os interesses desta industria acima do sucesso pontual nas competições do que a generalidade dos países europeus de topo
E agora entro no tema fundamental deste artigo. Qual o caminho para o futebol? Temos o exemplo de Bélgica e Holanda, grandes potências históricas de futebol, escolas de grandes talentos, campeonatos equilibrados e pouco ou nenhum sucesso nas competições. Temos por contraponto a Espanha, que investiu seriamente em desporto e é já uma das maiores potências desportivas do mundo, quanto ao futebol, não tem um campeonato competitivo, mas tem estádios cheios e as três primeiras equipas do ranking europeu.. dá que pensar.
E aqui? Será que queremos ter o campeonato do Portugal dos pequeninos?
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