Imagine-se por ridículo, que um presidente de câmara, na ânsia de agradar aos seus munícipes, resolvia asfaltar as ruas num dia de jogo de futebol num estádio do mesmo conselho.
Bom... poderia, proibir os carros de sair à rua nesse dia, mas e os milhares que mesmo assim, sairiam de bicicleta ou até a pé, dificultando durante aquele tempo a sua benemérita acção. Talvez proibir as pessoas de sair de casa. Parece de facto ridículo... o melhor era mesmo proibir o jogo.
Assim além de ridículo é de eficácia muito duvidosa, ao lado existe uma grande superfície comercial e sem jogo as pessoas vão fazer fila a sua porta... lá se vai o propósito.
Para a generalidade de nós, quero crer, tudo isto só serviria de anedota mas como é de conhecimento generalizado está mesmo a acontecer e há responsáveis governamentais que não se abstiveram de propor tamanha insensatez.
Dir-me-ão que eleições não é o mesmo que asfaltar a estrada. Respoder-lhes-ei: o que tem o estado que interferir nas competições desportivas, ou qualquer outro evento social não relacionado com as eleições, apenas para tentar convencer as pessoas a cumprir o seu dever cívico?
Poder-se-ia defender o principio de não ocupar as pessoas nesse dia, mas e os restantes milhares que trabalham, alguns no estado e até para organizar as eleições?
Até ontem, era politiquice, apenas com o intuito de à custa do futebol gerar atenção. Hoje, com a entrada de membros do governo, torna-se numa tentação de julgar em causa própria, de usar o poder em seu proveito e de ignorar e limitar os direitos de quem não concorda com esta opinião fantasiosa.
Sinceramente espero que com a subida desta opinião aos degraus de quem o pode realmente decidir, ganhe a devida razoabilidade e sensatez, acabando por ficar como mais um episódio tresloucado de uma campanha eleitoral já bastante singular.
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