Recentemente temos ouvido todo um conjunto de queixas e queixinhas um pouco sobre tudo, e nomeadamente pondo em causa a assertividade e até a seriedade das regras que regem o futebol.
O período de transferências termina com a época a decorrer, isso tem de facto problemas, pondo em sobressalto equipas que perdem os seus melhores já em competição, curioso não se lembrarem que essas mesmas equipas o fazem a quem tem ainda menos capacidade de os segurar. Também permite testar os jogadores em competição e colocar os excedentários nesta altura. Favorece os mais poderosos? Talvez... na minha opinião favorece os jogadores que de outra forma poderiam ficar presos a contratos falhados durante meses sem jogar.
Claro que seria utópico pensar que existe no futebol, muita gente de moral tão elevada, que não fizesse aos outros aquilo que não deseja para si próprio.
Repare-se ainda que os jogos das selecções "calharam" nos últimos dias do período de transferências em alguns países da UEFA, não faltaram vozes a criticar, seria portanto imperioso marcar este jogos para outra altura. Já agora... o fórum de treinadores nesta altura, que péssima ideia.
Devíamos cristalizar os jogadores, as equipas e as competições (parar o mundo se possível) neste dias numa montra, até estar tudo resolvido.
Outro exemplo, o famigerado vídeo-árbitro, também já apelidado de árbitro vídeo-assistido, que foi lançado de forma experimental e com regras claríssimas (se são mesmo aplicadas já é outra questão), é criticado por fazer de menos, por fazer de mais, por tudo e pelo seu contrário.
Por cá, o conselho de disciplina, sob nova direcção, foi de encontro ao que se criticou anos a fio, a impune troca pública de insultos, os processos sumários... aplicaram-se as novas regras e os mesmos que criticavam a sua falta, criticam a sua aplicação.
Num jogo, e às vezes esquecemos que é disso que se trata, a pedra basilar são as regras. Podemos evidentemente debater sempre tudo e encontrar melhores caminhos. O que não podemos é por as regras em causa quando nos são desfavoráveis e pior ter a veleidade de as diminuir como se quem as fez fosse incompetente ou parcial.
Nos meus jogos, discuto as regras antes de jogar.
O futebol já não é mais um jogo. Ou, se quiser, já não é mais apenas um jogo.
ResponderExcluirJorge Próprio
Sem dúvida Jorge, aliás pelo facto de ser mais um espectáculo público, gerido por uma industria que gere e gera milhões, se devia ter uma visão corporativa. Ter regras claras e fazê-las cumprir no interesse de quem "compra" este espectáculo e não andar sempre a defender interesses próprios ou a lançar suspeitas sobre tudo. Valorizar hoje a vitória de outros é valorizar a nossa amanhã.
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